sábado, 31 de julho de 2010

Egoismo...


Como uma besta!
Dentes cariados, devorando-me o dorso!
A paciência abandonando-me ao relento
e tudo se esvaindo,
inclusive o espaldar, o qual já não possuo...
Tambem é cega, pois, nada enxerga,
a não ser aquilo que só quer para si...
Só para si tudo há de querer tal cria,
de cárie nos dentes,
corpo, alma e mente:
O coração decadente da besta...
Basta!!!
Não ha de querer para si, meu respeito!
Esquece o valor da amizade
e agradece, por nada!
Bestialidade cariada,
Como os dentes parcos de uma besta cega...

sábado, 24 de julho de 2010

Fogo de falha


Ah, minha senhor!
Minha paixão é chão de palha;
Coito frágil, tênue, falha...
Até quando há de suportar
o peso ludibrioso dos teus pés?!
Pés que dançam livres, descalços,
Felizes, fogosos, em ritmo de braille;
Sem pressa, sem saber que o chão é a falha...

É a folha seca, ao calor da fogueira
que esquece estes pés, sempre descalços;
Estes que dançam desnudos;
Frágeis, tênues, falhos...
Filhos órfãos, cujo tempo não aquece;
Ainda assim, alegres, dançam, fogosos;
Sem pressa...

Ah! Pressa... tempo... passo...
Apressa estes passos,
pois, que o tempo passou!
O ritmo é outro!
O coito?!
Senhora,
O chão agora é aço!
Firme! Forte!
Muito pouco espaço...
Teus pés, aqueles, livres e fogosos,
Já não mais desejarão dançar, assim,
tão descalços...